Dados os desenvolvimentos, quase brutais, dos últimos dias, na economia, torna-se necessário falar do homem que está por detrás deles. Esse homem é Belmiro de Azevedo, um empresário nortenho que nasceu numa pequena aldeia, filho de um carpinteiro, portanto, filho de pais pobres, que estudou e se formou em Eng. Química. Teve, talvez, alguma sorte mas, além dessa sorte e oportunidades, teve também a força empreendedora, a inteligência e a capacidade de se tornar num grande empresário.
É, também, o homem mais rico do país e um dos mais ricos do mundo. O grupo que lidera é, em Portugal, líder em vários segmentos de mercado. Este homem possui o carisma, a personalidade e as faculdades intelectuais de um vencedor.
Vive os seus sonhos e desta vez sonhou ser dono do Grupo Portugal Telecom, sobre o qual lançou uma OPA no valor de 13 mil milhões de euros.
A realizar-se este será o maior negócio jamais feito em Portugal. A par disto temos de ter em linha de conta que a PT é a maior empresa de Portugal e a SONAE é a sexta maior, só por isto este homem já é merecedor de mérito. Não nos podemos, também, esquecer de que Portugal atravessa um mau momento financeiro, o que implica um risco acrescido a um tão grande negócio. O governo pede estímulos à economia e ao investimento e a resposta surge de um homem que não gosta de ter o dinheiro a ganhar bolor no banco, de um homem que vive para investir e ganhar.
Esperava-se uma resposta a este apelo do governo por parte dos jovens mas ela surge de um homem já com alguma idade. Recomendo a leitura do livro acerca da sua biografia. Podia alongar-me muito mais acerca deste homem e da lição de vida que nos deu, dá e, com certeza, dará mas, a brevidade a que os posts obrigam não me permitem uma tão grande alongação.
Nas vésperas do início da guerra colonial (em Angola) Belmiro de Azevedo começou a trabalhar na empresa Efanor, uma empresa de têxteis no Porto, de Manuel Pinto de Azevedo (que também era dono do jornal "Primeiro de Janeiro").
Em 1965, transferiu-se para a SONAE (Sociedade Nacional de Aglomerados e Estratificados), que na altura pertencia a Afonso Pinto de Magalhães.
Em 1985, tornou-se accionista maioritário do grupo SONAE, de que foi director de investigação e desenvolvimento (1965-1967), director-geral e administrador delegado (1967-1984), presidente da comissão executiva (1985-1988) e presidente da direcção (desde 1989).
A SONAE cresceu gradualmente, dominando diversas áreas de negócio: dos hipermercados às telecomunicações, passando pelos aglomerados de madeira, de que é líder de mercado.
Os últimos anos foram marcados pela expansão internacional do grupo, nomeadamente pelos negócios realizados no Brasil, assegurando a presença em dezenas de países.